sexta-feira, 26 de março de 2010

Hino 30 do hinário Nova Era, "Eu sou o plantador de tudo"


Eu sou o plantador de tudo
Eu planto paz e planto amor
Eu sou o colhedor de tudo
Eu colho fruto e colho flor

Eu sou, eu sou
Eu sou e posso ver
Eu sou, Eu sou
Eu sou e deve ser

Eu sou o Criador de tudo
De tudo que meu Deus criou
Eu sou, sou Eu aqui na Terra
Eu sou o Eu sou do Eu sou

Eu sou, eu sou
Eu sou e posso ver
Eu sou, Eu sou
Eu sou e deve ser

This days we’re happy because the visit of Neidi Raulinho da Siva daughter of Pad Nel and Mad. Cristina. The church Rainha da Floresta honor her with so much love. Here is the recording of the last hymn of Nova Era received by Pad. Alfredo Gregorio de Melo on march 2010.

I am the planter of everything
I plant peace and I plant love
I am the harvester of everything
I harvest fruit and I harvest flower

I am, I am
I am and I can see
I am, I am
I am and it must be

I am the Creator of everything
Of everything my God created
I am, I am here in the Earth
I am the I am of I am

I am, I am
I am and I can see
I am, I am
I am and it must be

En estos dias recibimos la visita de Neidi Raulinho da Silva hija del Pad. Nel y de MAD Cristina, patrona de la iglesia Rainha da Floresta. Asì que aproveché para grabar el último himno de la Nova Era , n. 30 recibido por el Pad. Alfredo Gregorio de Melo.

VIVA O SANTO DAIME!



Mais um primor de hino recebido pelo querido Padrinho Alfredo, nosso comandante Juramidam aqui na terra.

em Manaus a Neidi Raulinho da Silva, filha do Pad Nel e da Mad Cristina que é a patrona da igreja Rainha da Floresta. Último hino recebido pelo Pad Alfredo Gregorio de Melo, hino 30 da hinario Nova Era março 2010.





Obrigado padrinho por mais esse maravilhoso hino.


Hino recebido pelo Padrinho Alex Polari.


Hino recebido pelo Padrinho Alex Polari e oferecido a Sri Prem Baba. Rishikesh - Índia - Fevereiro/2010.

... e oferecido à Sri Prem Baba, líder espiritual hinduísta.

Hino "Ganga Mãe"


Certo rei, chamado Sagara, tinha 60.000 filhos, que foram queimados até as cinzas pelo sábio Kapila, quando buscavam um cavalo perdido do pai. O tátara tataraneto de Sagara, Bhagiratha, se converteu em sábio, e assim impressionou a Ganga que apareceu à ele em forma humana, que se ofereceu para purificar as cinzas dos 60.000 filhos de Sagara. No entanto, a Deusa era tão poderosa que se caísse em terra, a destruiria. O Senhor Shiva foi persuadido à permitir que Ganga, em sua forma terrena de rio, passasse através de seus cabelos. E assim, dividindo-se em muitos afluentes quando caíram em terra, não causou nenhum dano à Terra. Os hindus consideram sagrado o Rio Ganges e fazem oferendas à Mãe Ganga, pois o Rio Ganges é a manifestação terrena da Deusa (Mãe Divina), é considerado uma ponte entre o Céu e a Terra, que tem as suas origens aqui no planeta numa região localizada em Gangotri, aos pés do Himalaia. Se crê que o Ganga origina-se no mundo espiritual.

Hinário do Alex Polari.
Diretor Executivo da ICEFLU.
Presidente do IDA/CEFLURIS.

Viva o Santo Daime! Viva o povo da floresta!

terça-feira, 23 de março de 2010

Minha mídia problema.

Realmente não se pode creditar emissoras e revistas como a Record e a Veja, que criam suas matérias sempre visando seus interesses, ontem passei por uma banca de revista e vi na capa da veja, “ O psicótico e o daime” e mais uma pergunta em baixo, “até que ponto vai a tolerância com uma seita que usa uma droga em seus rituais”. Até quando nossas principais fontes de informações emitirão preconceito? Criando matérias totalmente tendenciosas, sensacionalistas e visando lucros, sofrendo influência direta de pessoas da igreja, o bispo Macedo e a Record, por exemplo, influenciando o conteúdo de suas reportagens. Cadê nossa liberdade religiosa? Essas emissoras estão colocando para sociedade que os mais de 15 mil adeptos do Santo Daime são um bando de drogados, anti-sociais, devido há alguns casos isolados que aconteceram recentemente. E a coincidência é que essas coisas aconteceram no mesmo momento em que o governo brasileiro regulamentou o uso religioso da ayahuasca. A que se deve essa liberação? Isso aconteceu devido há muita luta por parte das religiões ayahuasqueiras (que fazem uso da bebida sagrada dos índios), entre elas o Santo Daime, A União do Vegetal e Barquinha, todas nascidas na floresta amazônica. E o que dizer então dos vários anos de estudos por parte de psicólogos, psiquiatras, médicos, etc?. que comprovaram que o chá não pode ser considerado uma droga, afirmando assim uma cultura de milênios.

A palavra certa a ser usada para definir o chá é enteógeno. Mas o que é isso?

Enteógeno (ou enteogénico) é o estado xamânico ou de êxtase induzida pela ingestão de substâncias alteradoras da consciência. É um neologismo que vem do inglês: entheogen ou entheogenic, tendo sido proposto em 1973 por investigadores, dentre os quais se pode citar Gordon Wasson (1898-1986).

A palavra enteógeno, que significa literalmente "manifestação interior do divino", deriva de uma palavra grega obsoleta, da mesma raiz da palavra "entusiasmo", que refere à comunhão religiosa sob efeito de substâncias visionárias ou a ataques de profecia, e paixão erótica. Entretanto este termo foi proposto como uma forma elegante de nomear estas substâncias, sem taxar pejorativamente costumes de outras culturas (ver Medicina indígena).

O uso de plantas (ou fungos) para alteração da consciência e percepção é uma realidade mundial e milenar. Até mesmo animais usam plantas com atividade psicotrópica, como é o caso de javalis e primatas que cavam para conseguir as raizes do poderoso eboka. Esses seres são considerados pelos usuários, como seres divinos e professores espirituais. Entre as plantas, alguns dos enteógenos mais conhecidos são Ayahuasca, Jurema, Cânabis, Yopo, Peiote, Ololiuqui. Entre os fungos, Psilocybe, Amanita

Dentro dessa explicação da wikipédia podemos sacar como nossa sociedade é atrasada, requerendo de mais investimento na educação das pessoas, por que o preconceito é fruto da ignorância. Por sorte hoje em dia temos mais fontes de informações, a internet, por exemplo, onde podemos pesquisar aquilo que queremos realmente saber e não aquilo posto pela mídia, mas mesmo assim devemos está atentos pra qualquer tipo de manipulação, onde a internet não está livre disso, devemos selecionar bem aquilo que iremos digerir.

Por Bruno Ramos

quarta-feira, 17 de março de 2010

A Umbanda.

Um tema muito pouco conhecido de fato por nossa sociedade é a umbanda.
O que é a umbanda na verdade? A umbanda não pode ser considerada apenas uma religião fundada por uma pessoa e sim um conjunto de conhecimento antigo que veio se desenvolvendo ao longo dos tempos. Muito se ouve falar em entidades, preto velhos, exus, orixás, pai velho, entre outros. È comum às pessoas logo denominarem de macumba ou macumbeiros aqueles que praticam esse conhecimento, isso se deve ao nosso atraso espiritual, onde a igreja católica tem grande influência, assim como a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), que por causa de alguns casos de mau uso dos conhecimentos de umbanda, generalizou acusando qualquer praticante de macumbeiro, mas não é bem assim. A umbanda sincretiza (mistura) vários elementos, inclusive de outras religiões como o próprio catolicismo, o espiritismo e as religiões afro-brasileiras, formando assim várias umbandas, conhecimento presente inclusive no santo daime, religião nascida na floresta amazônica. Muitos pensam que a umbanda não reconhece Jesus com sendo o salvador, filho de Deus, e se enganam, pois a base filosófico - religiosa da Umbanda é, sem nenhuma dúvida aquela pregada por Cristo.
As raízes da Umbanda são difusas. Entretanto, podemos afirmar que ela foi criada em 1908 pelo Médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Antes disso, já havia, de fato, o trabalho de guias (pretos velhos, caboclos, crianças, exus, etc), assim como religiões ou simples manifestações religiosas espontâneas cujos rituais envolviam incorporações e o louvor aos orixás. Entretanto, foi através de Zélio que organizou-se uma religião com rituais e contornos bem definidos à qual deu-se o nome de Umbanda.
Nesta época, não havia liberdade religiosa. Todas as religiões que apontavam semelhanças com rituais afros eram perseguidas, os terreiros destruídos e os praticantes presos.
Assim como o xamanismo, a umbanda é um assunto muito pouco conhecido por nossa sociedade, ainda presa a velhos padrões e paradigmas. Deveríamos estudar mais temas como esses.

Por Bruno Ramos

Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Umbanda

sexta-feira, 12 de março de 2010

O Mestre e o xamã.


O Mestre e o xamã.

Quem disse que o mestre não era xamã? Com seu cajado, parecia muito com um índio Jivaro e seu bastão(necessário para a iniciação xamã). O que falar de quando o mestre recebeu o hinário da Rainha Soberana Mãe, Nossa Senhora da Conceição. Recebendo também as instruções para fundar a doutrina! Quando em estado xamânico de consciência (EXC), recebeu mais de 100 hinos, compondo o seu hinário “O Cruzeiro”, conhecido também como “O Santo Cruzeiro”. Começando assim, da floresta, sua caminhada rumo ao legado de mestre.
Irineu nessa época praticava cura em pessoas que se encontravam em estado critico, igual ao xamã, que vai ao mundo profundo resgatar o poder de seu paciente desanimado, trazendo de volta sua força e saúde.
História parecida com seu seguidor, Padrinho Sebastião, que não se considerava mestre, mas porque não o considerar um xamã também? Sim, pois mesmo antes de conhecer o mestre e entrar pro Santo Daime (Alto Santo), já era kardecista e muito conhecido em seu povoado, no acre, como curandeiro. Muitos o procuravam a fim de curar suas chagas, realmente o xamanismo é universal, como descreve com propriedade o antropólogo Michael Harner, escritor do livro “O caminho do xamã”, onde o mesmo relata várias viagens ao alto amazonas, conhecendo de perto a cultura xamânica e tornando-se um deles.Todos nós podemos vir a tornarmos xamãs, tudo depende de nosso empenho em aprender as técnicas e ser um bom exemplo onde vivemos.

O livro de Harner encontra-se disponível para download no post anterior.
Sem dúvidas esse livro é um estudo fino sobre o xamanismo, estados alterados de consciência (EAC), estado xamânico de consciência (EXC), estado comum de consciência (ECC), bem como referências ao estudo do Carlos Castaneda, estudioso do xamanismo, onde usa outro termo para descrever esses estados, que fala da realidade comum e realidade incomum.

Muito agradecido a todos os leitores do blog. lol

" O Caminho do xamã" Michael Harner.

O CAMINHO DO XAMA
Michael Harner

O antropólogo Michael Harner leva-nos com este livro a viver uma odisséia pessoal até a fonte da cura xamânica, o nosso eu mais profundo. Passo a passo, ele ensina ao leitor técnicas e exercícios simples para alcançar os estados alterados de consciência sem drogas — o caminho do xamã para a integridade psicofísica e a cura.
No xamanismo, antigo sistema pouco conhecido no Ocidente, está um auxiliar inestimável da medicina moderna, e um trabalho cativante de investigação psicológica e espiritual.
Michael Harner é professor de antropologia na Graduate Faculty of the News School for Social Research de Nova York. Foi professor visitante nas Universidades de Columbia e Yale, e na Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde recebeu seu Ph.D. e serviu como diretor-assistente do Museu Lowie de Antropologia. Seu trabalho de pesquisa levou-o repetidas vezes ao Alto Amazonas, às florestas da América do Sul, bem como ao oeste da América do Norte e ao México.

EDITORA CULTRIX
ISBN 85-316-0039-1

Clique aqui para baixar o livro gratuitamente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

"O Justiceirinho" do irmão José Mota


José Mota é o filho homem mais novo do Padrinho Sebastião Mota de Melo. Começou a receber seu caderno de hinário ainda nos tempos em que o Cefluris se mudou para o Seringal Rio do Ouro, Genro do Padrinho Wilson Carneiro, tem três filhos com Gecila Teixeira: Moisés, Joseana e Miracy. Foi um dos fundadores da Vila Céu do Mapiá, no Amazonas, e continua residindo lá na proximidade da família, em especial de sua mãe a Madrinha Rita a quem dedica seus cuidados. Feitor de Daime e músico, é também uma das principais vozes em defesa da manutenção da obra de seu pai como seguidor da tradição do Mestre Irineu.
.
Para baixar os hinos de "O Justiceirinho" juntamente com o texto pronto para impressão, acessem:
"O Justiceirinho" de José Mota.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O Xamanismo e o Santo Daime.


A cultura Xamânica é impressionante! Como funciona em suas variadas formas. É muito interessante também ver como está presente na nossa Doutrina do Santo Daime.
O xamanismo é o mais antigo estudo da espiritualidade conhecido, nasceu na sibéria, por volta de 30 mil anos atrás. Algumas pessoas discordam, argumentam que é provável que seja ainda mais antigo, cerca de milhões de anos atrás, pois nesse tempo já existiam as primeiras formas humanas.
O interessante é que o mesmo conhecimento que foi, e vem sendo praticado por diversas culturas ao redor do mundo, sem que estas tenham se conhecido. Curioso o fato de que essa distância não tenha impedido essa pratica em diversas areas do globo.
Com seus vários métodos de trabalho, os xamãs usam tambores, chocalhos, danças e cantos em seus rituais para se atingir o estado xamânico de consciência. No Santo Daime, usamos também do mesmo conhecimento, nós dançamos nosso bailado, usamos maraca (uma variação dos chocalhos xamânicos) e também cantamos nossos hinos.
Nota-se a grande semelhança.
Particularmente, acho de muito aprendizado beber o chá e adentrar o mundo espiritual, porém sei que só isso não basta para salvar alguém. É preciso muito trabalho dentro e fora dos salões.
Para tornar-se um verdadeiro xamâ, é preciso saber trabalhar tanto no planto spiritual, quanto no plano material. Dedicando ainda mais atenção ao material, já que é nele que ficamos a maior parte do tempo, o estado xamânico de consciência é sempre muito breve, logo retornando-se ao plano físico.
O trabalho de um verdadeiro Xamã nao se resume apenas em viajar pelo plano astral a fim de ajudar alguém com enfermidades, também tem que ter um bom trabalho no lugar onde mora, com as pessoas que convive, isso é de suma importância para ter a confiança de todos.
Ele pode ser um bom caçador, bom conselheiro, participar das finanças de sua comunidade, é exemplo nos dois mundos.
O povo é que indica o quanto é poderoso um xamã, escolhendo ou indicando quando se precisa dele, seja nos casos mais simples da comunidade, ou nos casos mais complicados, de doenças, pragas, etc.
Ele sabe se locomever daqui pra lá com extrema facilidade entre os dois planos, sabe buscar um animal de poder no astral e trazer até onde se realiza a cura ou o processo de energização do paciente.
No Santo Daime, muitas vezes também presenciamos curas realizadas nesse estado que chamamos de xamânico. O que nos remete a esses conhecimentos dos índios xamãs.
Entre os Conibos da Amazônia Peruana, ainda hoje se faz o uso da ayahuasca em seus rituais. Os Jivaros do Equador também fazem o uso do chá sagrado, aliás, a ayahuasca serve de alicerce espiritual pra esses povos. No Daime não é diferente, onde o chá é nosso sacramento, por qual temos grande respeito e devoção.
É importante ressaltar que nem todos os povos que praticam xamanismo usam plantas de poder. Há povos que alcançam esse estado através da dança, cantorias, orações, chamados, entre outros.
Os Lakotas são um bom exemplo, não usam nem um tipo de planta de poder para alcançar um estado alterado de consciência. É muito comum entre nós da sociedade civilizada pensar que só aquela forma é a certa, mas não funciona assim. Todos estão certos, tanto os Conibos que usam ayahuasca, quanto os Lakotas que não usam.
É preciso ter em mente que não precisamos usar ayahuasca pra estar com Deus, porém é preciso saber o uso do chá pode ser benéfico de várias formas. Equilibrando a mente, corpo e desenvolvendo nossa espiritualidade, levando-nos a uma conexão divina.
Faço uso da ayahuasca e só tenho a agradecer, foram tantas graças e entendimentos que recebi ao longo desses anos participando das cerimônias com o chá. Fico triste ao ver pessoas dizendo que faz mal, que é droga, coisas do gênero. Mas sei que isso é fruto da ignorância. Por outro lado, me felicita muito ver que isso vem sendo mais respeitado, respeitando os índios que nos passam esses ensinamentos a milênios.

Por Bruno Ramos, editado por Paulo Leal.